Investigadores
americanos descobriram o gene responsável pelo ganho de peso decorrente da toma
de antipsicóticos, revela um estudo publicado nos “Archives of General
Psychiatry”.
Os
antipsicóticos de segunda geração são habitualmente utilizados no tratamento de
várias doenças psicóticas e não psicóticas. Contudo, a sua toma está associada
a um ganho de peso substancial, incluindo o desenvolvimento de obesidade e
outros fatores de risco cardiovascular.
O peso ganho
resultante da toma deste tipo de fármacos é significativo dado que resulta
muitas vezes na redução de até 30 anos na esperança de vida, para aqueles que
sofrem de doenças mentais crónicas ou severas. Por outro aldo, o aumento de
peso também leva a que as pessoas abandonem a medicação, afetando desta forma a
sua qualidade de vida.
Para este
estudo, os investigadores do Feinstein Institute for Medical Research e do
Zucker Hillside Hospital, EUA, contaram com a participação de 139 crianças que
foram tratadas com antipsicóticos de segunda geração, durante 12 semanas. Os
resultados foram posteriormente replicados em três grupos de pacientes
inscritos em hospitais americanos, alemães ou em indivíduos que tinham
participado em ensaio clínicos europeus.
Os
investigadores constataram que o gene que estava envolvido no aumento do peso
era o MC4R ou o recetor da melanocortina-4, o qual já tinha sido previamente
associado à obesidade e diabetes tipo 2. O estudo apurou que a toma de
antipsicóticos de segunda geração conduzia a um aumento de cerca de 9Kg.
“Os
resultados deste estudo irão permitir a identificação dos indivíduos que estão
em maior risco de ganhar peso como resultado da toma de antipsicóticos.
Esperamos que estes indivíduos recebam um tratamento mais intensivo ou
alternativo, que consiga reduzir o potencial ganho de peso”, revelou, em
comunicado de imprensa, uma das autoras do estudo, Anil Malhotra.
ALERT Life Sciences Computing, S.A.